O planeta Terra transformado em jóias para combinar livremente







São imagens da Terra transformadas jóias. Imagens do planeta, visto de dia e de noite, a partir do espaço, serviram de inspiração à coleção LAND, a mais recente da designer de jóias Lia Gonçalves. A vontade era representar "algo que é tão distante e intocável quanto deslumbrante". O resultado são anéis e pulseiras prateadas, douradas e oxidados. Com aros simples ou adornados de pérolas e zircónias coloridas, de forma a permitir diferentes representações do planeta, na sua interação de movimentos com o sol e com a lua. Em prata 925, e acabamento liso ou martelado, as peças da coleção LAND podem ser conjugadas livremente, proporcionando a criação de conjuntos únicos e pessoais.

Explorando conceptualmente elementos do sistema solar, a coleção aproveita as potencialidades da prata enquanto matéria principal. Em conjugação com outros materiais (nomeadamente a pedra vulcânica), a maleabilidade, luminosidade e capacidade de oxidação do material permitem criar diferentes conjuntos de joias, resultando em brincos, anéis, pendentes e alfinetes que evocam a beleza dos corpos celestes. Reinterpretando as suas formas e trajetórias, são pensadas texturas, brilhos e movimentos, que proporcionam a representação dessas ideias, passando a construir a base formal de todo o processo de criação. 

Natural de Viana do Castelo, Lia Gonçalves é formada em Joalharia pela Escola Superior de Artes e Design, do Porto e desde 2009 idealiza e elabora as suas próprias jóias, baseando-se em conceitos e processos de criação contemporâneos. A ideia de desenvolver a sua própria marca foi uma forma de responder ao sentimento de falta de liberdade para inovar e para criar. 

Lia Gonçalves conserva o método artesanal como principal processo de fabrico, mas demarca-se radicalmente dos aspetos formais ligados à ourivesaria convencional. Privilegia o uso da prata em detrimento do ouro e trabalha essencialmente com linhas simples e formas minimalistas. O foco das suas criações começa por estar no 'eu', fonte de inquietação e agente de criação, mas implica ativamente o 'outro', no seu papel de usuário e sujeito re-criador. 

Servem-lhe de inspiração tanto os elementos exteriores que a rodeiam quanto o insignificante, o nulo e o intangível. Pode ser uma textura, um movimento, uma ideia. Observação, pesquisa e experimentação são, por isso, rotinas indispensáveis do seu trabalho, enquanto forma e função assumem o papel de conceitos-chave. 

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